Renderização: 7 dicas de como deixar o processo mais rápido

A renderização de projetos em maquetes virtuais tornou-se uma rotina na vida de qualquer profissional da arquitetura. Esse tipo de cena mostra a visão do arquiteto, o seu estilo e, ainda, encanta os clientes, colocando-os dentro do seu futuro. É por isso que não dá para competir no mercado quando o render é pobre ou demora muito para atender à sua demanda.

Nesse sentido, preparamos 7 dicas essenciais para aumentar a velocidade desse processo e a sua produtividade, sem abrir mão da qualidade. Vamos lá?

1. Utilize um bom software de renderização

Existem várias opções no mercado de softwares para a criação de maquetes virtuais e a renderização de cenas dentro delas. A variação de qualidade, estrutura de processamento e ferramentas de ajuste são cruciais para definir a velocidade da renderização na sua rotina de trabalho.

Portanto, o primeiro passo é sempre trabalhar com o software que mais se adapta à sua situação — o quanto você pode investir versus o retorno que esse tempo economizado trará de benefícios para o seu negócio. Existem, no mercado, desde opções gratuitas até modelos de licença por assinatura. Se você busca o máximo de performance com o máximo de fidelidade no render, a dupla Skecthup + V-Ray ainda é imbatível.

 

V-ray é um dos plugins de renderização mais conhecidos, mas há inúmeras alternativas no mercado.

 

2. Aprenda a usar o Photoshop

Essa é uma dica interessante que muitos arquitetos deixam passar: em vez de tentar o máximo de fidelidade e estilo direto no render (o que exige muito tempo de testes e ajustes), é possível usar o Photoshop para elevar o realismo e a beleza da cena, sem perder muito tempo renderizando.

O Photoshop é uma ferramenta muito poderosa para editar imagens, que permite a acentuação de luzes e sombras, correção de cores, efeitos de profundidade de campo e até a inserção de novos elementos. Tudo isso, que levaria horas para corrigir em um renderizador, é ajustado em minutos.

Então, busque um curso da ferramenta ou contrate alguém especializado em edições no Photoshop. Você ganha mais realismo nos seus renders e economiza muito tempo.

 

Utilizar o Photoshop é essencial para aprimorar seu render, além de também possibilitar e facilitar a inserção de objetos que tem forma 3D complexa demais para ser renderizada (vegetação, pessoas, etc)

 

3. Evite cenas com ângulos muito abertos

Essa dica você já deve ter percebido na rotina do seu trabalho. Quando o arquiteto tenta renderizar ângulos com muita informação (polígonos, luzes, materiais, shaders), o tempo gasto processando essa imagem aumenta consideravelmente.

Por isso, reserve os ângulos abertos para apenas algumas cenas e foque nos detalhes, com criatividade e um bom olho de fotógrafo. Em alguns softwares, é até possível esconder os objetos que não estão visíveis para a câmera, o que alivia o processamento e permite uma renderização muito mais rápida.

 

Ângulos muito abertos por vezes desfavorecem a cena, além de tomarem maior tempo de render dado a maior quantidade de informação visível na cena renderizada.

 

4. Fuja dos elementos desnecessários

É claro que todo arquiteto quer demonstrar seu projeto com o máximo de realismo e fidelidade possíveis — ao resultado final e ao seu estilo. É por isso que muitos profissionais caem na armadilha de exagerar em detalhes e elementos que pesam a cena e deixam o render muito lento.

Antes de começar a renderizar uma cena, faça uma análise geral do que ela mostra e tente eliminar tudo o que não é assim tão necessário para mostrar a qualidade e a beleza do seu trabalho. Alguns elementos que pesam na renderização são:

  • objetos muito detalhados e com excesso de polígonos que não estejam em destaque;
  • objetos que estão lá apenas para compor a cena, mas são desnecessários;
  • muitas luzes na cena, que geram mais sombras a serem processadas;
  • materiais com acabamento glossy, espelhado ou transparente, que exigem a renderização da luz refletida.

Ou seja, o trabalho de um arquiteto em busca de agilidade no seu trabalho tem a ver com otimização. A ideia é colocar aquele vaso metálico decorando o aparador, mas será que não há um modelo opaco que também fique bem ali? É esse tipo de concessão que te ajuda a equilibrar qualidade, estilo e eficiência.

 

Excesso de polígonos significa mais tempo necessário para render. Quanto mais simples puderem ser os objetos auxiliares a cena, mais rápido você irá renderiza-la.

 

5. Teste a cena em uma qualidade mais baixa

Ninguém consegue acertar uma cena de primeira. Às vezes, a luz ou um material foram mal calculados ou o ângulo não é aquele que você imaginou. Por que não, então, ajustar esses pontos antes de colocar aquela qualidade máxima, com uma resolução fantástica?

Use os modos de prova ou teste no seu software para deixar tudo como você quer antes de perder o tempo em uma renderização longa. Arquitetos com experiência conseguem facilmente extrapolar uma imagem de qualidade baixa para imaginar como ela ficará no resultado final. Use isso a seu favor.

 

Sabemos que as vezes a curiosidade aperta, mas procure testar as cenas em modo rascunho ou com qualidade baixa para testar efeitos de iluminação e materiais antes de investir no render final, com isso você irá ganhar tempo.

 

6. Trabalhe a iluminação com inteligência

As luzes são fundamentais para dar realismo e beleza a um render de projeto arquitetônico, da mesma forma que são umas das maiores vilãs quando falamos no tempo de renderização. Por isso, é preciso encontrar um equilíbrio entre eficiência e qualidade para ter sucesso na sua rotina de trabalho.

O primeiro passo é planejar bem essa iluminação. Quantos pontos de luz são suficientes para passar o clima que eu busco em meu projeto? Será que tem um ângulo onde posso usar quase que só a iluminação global? Quais ângulos nos renders noturnos precisam de menos luzes em cena para funcionar?

Uma segunda etapa é trabalhar com o setup da câmera posicionada no software de renderização. Aqui, vale buscar a sua veia para a fotografia.

As opções de configuração nesses casos são bem similares às de um equipamento profissional para bater fotos, portanto dá para conseguir a mesma qualidade de iluminação por meio do uso de menos luzes. É possível, por exemplo, aumentar a exposição, a velocidade do obturador e o ISO.

Com isso, são possíveis cenas mais claras, sem abusar das luzes, cores mais vivas e até um depth of field bem controlado. Um render rápido e de qualidade exige uma percepção e uma noção multidisciplinar do arquiteto.

 

Pontos de iluminação em excesso pesam muito na renderização. Utilize estes com sabedoria, procurando poupar para somente o necessário a ilustrar o que você deseja mostrar.

 

7. Invista em um workstation de qualidade

Seguindo todas essas dicas, dá para otimizar e facilitar a renderização no dia a dia de um estúdio de arquitetura, mas o computador com o qual você trabalha sempre será o teto para a sua eficiência.

O investimento em um workstation de qualidade e pensado para a renderização é vital para qualquer profissional nessa área. O retorno é imediato na sua qualidade de vida dentro do escritório e na que você pode entregar ao seu cliente.

Por exemplo: a renderização é um processo baseado, ainda quase que exclusivamente, na CPU — portanto, não adianta investir naquela placa de vídeo do momento, pois ela influenciará pouco na velocidade do render.

Nesse caso, a única GPUs que contribui significativamente para o seu trabalho é a linha Quadro da Nvidia, produzida exatamente para esse nicho de mercado. Essas particularidades da renderização arquitetônica demandam de você uma boa pesquisa em busca do melhor hardware a ser adquirido.

Afinal, a renderização se tornou uma etapa importante para qualquer escritório de arquitetura que busca encantar, atrair e conquistar novos clientes. Conseguir agilidade nesse processo, sem abrir mão da qualidade, é a fórmula do sucesso!

Você já pensou em qual é o melhor workstation para o seu caso?

Se você procura máquinas específicas para renderização e V-Ray, dá uma olhadinha nas Workstations Razor!

 

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