Quais são as melhores práticas de backup?

O ano de 2017 foi muito complicado em termos de segurança pelo mundo. Uma série de ataques de hackers foram orquestrados em escala global. O mais famoso deles, chamado de WannaCry, invadiu sistemas do mundo todo e literalmente sequestrou os dados de pessoas e empresas. Para ter os dados de volta era preciso pagar um resgate.

O ato levantou questões para a segurança digital. Falhas de sistemas arruinariam negócios inteiros. Várias dessas empresas tinham seus backups em servidores que compartilhavam a mesma rede e ambos tiveram seus dados sequestrados, não restando opção: pagar o resgate ou falir.

Esse fato escancarou questões de segurança que não estavam sendo obedecidas pelas grandes corporações. Os dados de uma empresa são muito preciosos e precisam ser melhor protegidos.

Pensando nisso, o post de hoje falará sobre as melhores práticas de backup. Quer proteger os dados de sua empresa de forma eficaz? Então continue lendo nosso post.

Tenha um servidor reserva

Seja ele virtual ou físico, todo servidor principal deve ter uma cópia de prontidão. Nunca se sabe quando será a próxima pane do sistema ou defeito físico, como descarga elétrica, falha de memória etc. Além do reserva, o servidor principal deve ser uma workstation que seja confiável e não vá lhe deixar na mão.

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Para isso, é preciso criar cópias constantes do estado atual do servidor, preparar imagens do sistema operacional, no qual o servidor funciona e cloná-las diariamente. Em caso de defeitos de software, basta que a imagem clonada substitua a que está com defeito.

Quando o problema é físico, como um processador queimado, é importante ter peças de reserva para substituição. Em casos mais drásticos, reativar o servidor antigo pode ser a melhor opção até a normalização do problema.

O servidor reserva garante que a redundância de dados seja mantida, e que o problema consiga ser resolvido rapidamente, em caso de pane do servidor principal.

 

Escolha a forma de armazenamento e o local de backup

Existem diversas formas de armazenamento de dados: disco rígido externo, fita, nuvem etc. É importante diversificar as formas de armazenamento e sempre ter mais de um backup, afinal, quem tem só 1 backup, não tem nenhum.

Para escolhas de disco rígido, é importante ressaltar a diferença entre o HD convencional e o SSD. O SSD é conhecido por ter velocidade de gravação muito rápida, mas para propósitos de backup, ele não é recomendado.

O SSD tem vida útil curta, pois a quantidade de gravações que ele faz é limitada. Para opções de backup em velocidade, a melhor opção pode ser a fita que pode transmitir até 864 gigabytes por hora.

Já os HDs convencionais têm, em teoria, vida útil ilimitada. Além disso, ele consegue armazenar grandes quantidades de dados, tem baixo custo e pode ser transportado com facilidade.

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Os backups físicos precisam ser armazenados em locais distantes do original. A ideia é proteger os dados contra os ataques e catástrofes ambientais, e quanto mais longe estiverem localizados, menor a chance deles serem destruídos junto com os originais. Alguns especialistas argumentam que 50Km é uma boa distância entre as cópias. Multinacionais costumam ter seus backups em vários países diferentes.

Usar o serviço de nuvem é o ideal para as empresas que não dispõem dos recursos de multinacionais. A nuvem permite que os dados fiquem em um servidor seguro e distante da sede da empresa. Serviços como Google Drive, Microsoft One Drive e Amazon Drive são alguns exemplos que trabalham com nuvem para os negócios.

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No entanto, nem sempre as empresas se sentem confortáveis em depositar seus dados em servidores de terceiros. Para isso foram criados aplicativos como o BoxCryptor e o CryptSync que protegem os dados com criptografia, antes que eles sejam enviados para a nuvem.

Defina o que vai ser armazenado

Uma vez escolhido a forma de armazenamento e como será feito o backup, é hora de separar a informação para ser guardada. Praticamente todo conjunto de dados têm informações duplicadas. Saber reduzi-las tornará seu backup mais enxuto e, consequentemente, mais rápido.

Nesses casos, o uso de aplicativos que verificam redundância de dados na hora do backup é importante. Eles são capazes de detectar conjuntos de dados que não foram alterados durante o último backup e que não necessitam que sejam feitas novas cópias.

Além de dados, é importante também fazer backups das aplicações. Alguns sistemas de gerenciamento oferecem configurações tão específicas de usuário que podem tomar muito tempo se precisarem ser configuradas novamente.

Faça versionamento do backup

Os backups devem ser feitos periodicamente, de preferência todos os dias. O versionamento do backup consiste em guardar, durante um período, suas versões anteriores. Uma empresa pode querer guardar o backup de seus dados durante os últimos 30 dias, por exemplo.

Essa prática permite que sejam recuperados estágios anteriores dos dados. Esses dados podem ser usados tanto para consulta quanto para restaurar um estágio mais antigo. Se a pane for de software, pode ser que o erro tenha sido replicado no último backup, inviabilizando sua substituição. Daí a importância do versionamento.

Mantenha uma rotina de segurança

Realize os backups periodicamente. A periodicidade dependerá da quantidade de dados que cada empresa gera entre um backup e outro. O recomendado é que seja feita, pelo menos, uma rotina de salvar os dados por dia, em geral, no fim do expediente.

Algumas empresas optam por fazer mais de um backup diário, para não perder todo o expediente de trabalho em caso de acidente.

Nesse ponto, é importante que sejam eliminados as janelas de backup. Essas janelas são períodos que passam entre uma rotina e outra e que acontecem mudanças significativas no servidor e nos dados.

Quando essas mudanças ocorrem, é importante que sejam feitos backups extras de precaução. Os backups fora da rotina podem ser realizados antes de uma alteração, por exemplo, antes de fazer uma migração crítica do sistema ou depois, após receber uma quantidade volumosa de dados importantes.

Teste os backups

Por último, mas não menos importante, teste os backups realizados. Afinal, os backups são feitos para que sejam utilizados em caso de perda. Um backup que não funciona, não é um backup.

Para isso, é importante testar manualmente os backups que foram feitos, para que sejam detectados corrompimentos que foram causados durante a realização do backup. Assegurar que os backups estejam funcionando faz parte de uma rotina bem planejada de prevenção.

Conhecer as melhores práticas de backup garante às empresas um ponto seguro no mundo dos negócios. Ter controle durante uma pane ou uma catástrofe evita prejuízos e assegura estabilidade e concorrência no mercado.

Gostou das dicas? Deixe nos comentários suas impressões sobre o post de hoje. Até a próxima.

 

 

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