O que é RAID e como funciona?

Você tem vários discos na sua máquina, mas não sabe como usá-los de maneira correta? Então, você certamente precisa descobrir o que é RAID e como essa tecnologia pode fazer o gerenciamento de discos independentes para aumentar o desempenho e a segurança dos dados.

A ideia por trás do RAID é simples: ela consiste em usar um conjunto de discos de armazenamento como blocos de montar. Com isso, é criado um sistema que trabalha como um único disco maior, mais seguro e com mais velocidade.

Parece interessante, não é mesmo? Então, continue conosco e descubra mais sobre essa tecnologia!

O que é RAID?

RAID é o acrônimo para Redundant Array of Independent Disks (conjunto redundante de discos independentes). É uma tecnologia que cria um subsistema de armazenamento de dados que é composto por vários discos individuais, podendo ser HD ou SSD.

O RAID serve como um sistema de confiabilidade, oferendo redundância. Isso acontece porque cada dado é gravado em todos os discos que compõem o sistema. Assim, se algum disco falhar, o outro garantirá que o sistema continue funcionando normalmente.

No entanto, o RAID não substitui o bom e velho backup, uma vez que o sistema não resiste a falhas simultâneas nos discos. Por exemplo, se há uma queda de energia, uma contaminação por ransomware ou um erro operacional do sistema, os dados podem ser perdidos permanentemente.

Quais são as principais vantagens do RAID?

Além da redundância de dados, o RAID apresenta uma série de vantagens. Veja:

  • aumento do desempenho de acesso aos arquivos;
  • facilidade na recuperação de arquivos;
  • uso múltiplo de várias unidades;
  • maior segurança.

Quais são os níveis de RAID?

Existe uma grande variedade de níveis de RAID e cada um deles indica um jeito diferente de combinação entre os discos e também o seu objetivo de uso. Os níveis mais comuns são os que fazem distribuição e espelhamento de dados.

Originalmente, eram só 5 níveis, mas novos modos de combinar tecnologias foram desenvolvidos ao longo dos anos. Atualmente, existem versões gratuitas e proprietárias de implementação de RAID, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Saiba mais:

RAID de distribuição

O RAID de distribuição tem como objetivo principal dividir a gravação dos arquivos para que sejam feitas em discos diferentes. Isso evita que eles fiquem sobrecarregados com excesso de informação e causem gargalos no sistema. Sua principal vantagem é o aumento de desempenho na velocidade de gravação, deixando o computador mais rápido.

Uma grande desvantagem desse modelo é a alta vulnerabilidade dos dados. Afinal, se um dos discos falhar, fatalmente todos os dados daquele disco serão perdidos. Para corrigir isso, existe o RAID de espelhamento.

RAID de espelhamento

O RAID de espelhamento tem como objetivo principal garantir a redundância dos arquivos. Isso implica em gravar o mesmo dado em ao menos mais um disco do sistema. Então, se um disco parar de funcionar ou for removido para manutenção, por exemplo, os demais continuarão funcionando normalmente.

Ele não prioriza o desempenho, mas sim a segurança. Além disso, o custo de implementação é alto. Por exemplo, se você tiver quatro discos de 500GB, terá 2TB de espaço total. Mas, em um RAID de espelhamento, você poderá usar apenas 1TB como espaço disponível de disco. O outro 1TB será usado como replicação de dados.

Essa é a arquitetura usada no RAID 1, o nível mais comum de implementação.

Como funciona o RAID 1?

O RAID 1 é o nível mais simples de implementação dessa arquitetura e cria o espelhamento de disco. Ele faz com que o usuário enxergue metade dos discos usados pela máquina. Ou seja, em uma máquina com RAID 1 usando 4 discos, apenas 2 serão visíveis.

Essa arquitetura não traz nenhum ganho de desempenho, pelo contrário. O fato de um mesmo dado ter que ser gravado em múltiplos discos causa uma ligeira queda na performance. Na leitura, porém, a história é diferente. Os dados podem ser acessados simultaneamente pelos discos, garantindo pelo menos o dobro da velocidade de leitura quando comparado a um computador sem espelhamento.

Portanto, vale ressaltar que o RAID 1 é um sistema que foi pensado para garantir disponibilidade para uma máquina. Com dados replicados, ele impede que uma máquina fique parada em caso de defeito de disco. Quando uma falha acontece, o administrador é avisado que foi encontrado um problema e imediatamente o disco espelhado é ativado.

Com isso, o suporte pode corrigir o erro sem que a máquina tenha que ser desligada e o serviço interrompido. Seu principal uso é em empresas com servidores dedicados e em sistemas de alto risco, como gerenciador de hospitais, por exemplo, que não podem experimentar indisponibilidade de software.

Como implementar o RAID?

Para implementar o RAID, são necessários ao menos 2 discos. Além disso, é preciso fazer a configuração da sua máquina para que ela gerencie os discos de forma diferente da habitual. Existem duas maneiras de fazer isso: via software ou via hardware. Veja:

Implementação via software

Nesse tipo de implementação, todo o controle de gravação é feito pelo sistema operacional por meio de uma camada de software. Essa é a forma mais barata de implementação, porém diminui um pouco o desempenho da sua máquina, uma vez que seu processador também terá a tarefa de ficar calculando em qual disco serão gravados os dados.

Os sistemas operacionais mais conhecidos, como Windows, Linux e Mac OS já possuem softwares para configuração desse modelo. No entanto, caso necessário, é possível também adquirir softwares proprietários que fazem a configuração de níveis de RAID diferentes dos habituais.

Implementação via hardware

Essa é a forma mais eficiente de implementação. Ela é gerenciada por uma controladora física RAID que, geralmente, já vem embutida na placa-mãe da fabricante. Para isso, é necessário pelo menos um controlador dedicado para realizar essa função.

A grande vantagem da implementação via hardware, além do desempenho, é o hot-swapping, tecnologia que permite que o disco defeituoso seja removido com o sistema ligado, sem prejudicar seu funcionamento. Em outras palavras, o sistema continua trabalhando, enquanto o conteúdo do disco danificado é transferido para um novo disco graças à redundância de informação.

É recomendado que a implementação via hardware seja feita antes da instalação do sistema operacional. Isso garantirá que a instalação do sistema já tenha seus arquivos distribuídos ou espelhados, de acordo com o RAID escolhido. Para fazer isso, basta entrar na BIOS da sua placa-mãe e realizar a configuração de acordo com o indicado no manual.

No entanto, se o sistema já estiver instalado, as fabricantes de placa-mãe com RAID oferecem softwares próprios para ajudar o usuário nessa tarefa. A instalação é feita de forma bastante intuitiva.

Pronto! Agora, você já sabe o que é RAID e como ele funciona. Você deve ter percebido como o seu uso é importante quando se procura desempenho na gravação de dados ou espelhamento para garantir o funcionamento 24 horas do sistema. Imagine perder dias de trabalho porque o computador deu problema! O RAID previne que situações como essa aconteçam.

Curtiu nosso conteúdo sobre RAID? Então saiba como montar a máquina ideal para você e aproveitar essa tecnologia. Até a próxima!

 

 

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